Como a IA Generativa pode impulsionar o desenvolvimento de produtos e serviços digitais

Como afirmou Bill Gates, “a Inteligência artificial é o avanço mais importante da tecnologia nos últimos tempos”. De fato, não se pode ignorar as possibilidades e caminhos que a IA abre para a evolução digital, principalmente quando falamos de IA Generativa, que está emergindo como uma ferramenta poderosa para impulsionar o desenvolvimento de produtos e serviços digitais. Por esse motivo, quero explorar com você, caro leitor, como a IA Generativa está mudando a maneira como empresas abordam a inovação e o design, e como ela pode criar valor em uma variedade de setores.

A IA já desempenhou um papel transformador em inúmeras áreas, que vão desde a medicina até a indústria automobilística, por exemplo. No entanto, o que vem chamando mais a atenção das aplicações mais intrigantes e promissoras da IA é a sua capacidade de gerar conteúdo criativo e soluções inovadoras. Para se ter uma ideia, segundo previsões da Gartner para IA Generativa, até 2025, cerca de 30% das mensagens de marketing de grandes organizações serão geradas sinteticamente, um aumento significativo em relação a menos de 2% em 2022. E não para por aí: ainda de acordo com a Gartner, até 2025 o uso de dados sintéticos reduzirá o volume de dados reais necessários para o aprendizado de máquina em 70%.

Mas para contextualizar, vamos começar com uma breve definição do que é a IA Generativa. Trata-se de uma subcategoria de IA que se concentra em gerar conteúdo, como imagens, texto, áudio e até mesmo código de programação. Ela utiliza algoritmos avançados de aprendizado de máquina, como redes neurais generativas (GANs) e modelos de linguagem, para criar novos dados com base em conjuntos de dados de treinamento existentes. Em outras palavras, a IA Generativa é capaz de “aprender” a partir de grandes volumes de dados e, em seguida, criar novos dados que são consistentes com o que ela aprendeu.

O que eu quero abordar com esse artigo é a série de benefícios para o desenvolvimento de produtos e serviços digitais que a IA Generativa proporciona. Sabemos que a criação de interfaces de usuário intuitivas e agradáveis é fundamental para o sucesso de produtos e serviços digitais. Neste sentido, a IA Generativa pode contribuir com a geração automática de designs de UI/UX com base em diretrizes e preferências específicas, acelerando o processo de design. E vai muito além disso: podendo ajudar a identificar problemas de usabilidade em designs existentes, tornando a experiência do usuário mais fluida.

Outro ponto importante é a capacidade de criar conteúdo escrito, visual e de áudio com base em entradas específicas. Isso é particularmente útil para a geração automática de relatórios, documentos, imagens personalizadas e até mesmo músicas. Empresas podem economizar tempo e recursos ao automatizar tarefas que antes exigiam intervenção humana.

Uma das grandes tendências para o setor de produtos e serviços digitais é a personalização para melhorar a satisfação do cliente e aumentar a retenção. Neste caso, a IA Generativa entra como uma grande aliada na criação de recomendações personalizadas com base no histórico e preferências do usuário.

Até mesmo uma parte crucial para o desenvolvimento de produtos digitais, que é a geração de protótipos, não fica de fora do poder de alcance da IA Generativa. A tecnologia surge como um potencial acelerador desse processo, permitindo que as equipes de desenvolvimento gerem protótipos interativos automaticamente com base em requisitos e especificações.

Por último, e não menos importante, a IA Generativa pode ser usada para resolver problemas complexos e encontrar soluções inovadoras. Por exemplo, na área de design de produtos, ela pode gerar automaticamente designs de produtos com base em requisitos específicos, otimizando a forma e a funcionalidade.

O que não podemos deixar de comentar é que essa vasta possibilidade de desenvolvimento e criação traz à tona uma discussão sobre os desafios de adoção e considerações éticas. Alguns dos exemplos são o viés nos dados de treinamento e o impacto potencial na criatividade humana. De acordo com a Gartner, até 2025, cerca de 70% das empresas estarão preocupadas com o uso sustentável e ético da IA. A expectativa é de que, até lá, 35% das grandes organizações tenham um diretor de IA que se reportará ao CEO ou COO. Por isso, é imprescindível que empresas já iniciem sua adoção do uso da IA de forma responsável e ética, garantindo a supervisão humana adequada e a consideração dos impactos sociais.

Compartilhe:
Rolar para cima
Whatsapp